terça-feira, 31 de dezembro de 2013


A estrada se estende indefinida
Iluminada pelo sol nascente
Imprevisível qual bala perdida
Sob os pés da alma ainda inocente

Quando o sol brilha intensamente
Em árvores e flores coloridas,
Tudo passando tão rapidamente,
São feitas tantas e tantas feridas!

De repente o sol se desvanece
A noite cai no meio da estrada
Em devaneios a alma enlouquece
Grita aos Céus no eco da madrugada!

Quem faz o sol nascer à meia-noite?
Quem ouve o grito da alma solitária?
Quem suspende a dor como açoite?
Quem inspira a atitude solidária?

E renova a esperança perdida
Já caída à beira da estrada?
Porque a humanidade falida
Pouco pode em nossa breve estada

Só você é quem pode responder
Viajante desta estranha estrada
Olhar as evidências e entender
Antes de virarmos pó, sermos nada!

Estrada