domingo, 12 de agosto de 2012

Dieta e Saúde


Recentemente, terminei de ler um livro sobre a relação entre dieta e saúde: The China Study[1]. Os autores deste livro foram o Dr. T. Colin Campbell e seu filho Thomas Campbell. O Dr. Campbell é bioquímico e especialista em nutrição e seus efeitos sobre a saúde a longo prazo. Ele é professor emérito de Bioquímica Nutricional na Cornell University e tem recebido muitos fundos para pesquisa peer-reviewed (revisada por especialistas). Ele já escreveu mais de 300 artigos de pesquisa para revistas especializadas, trabalhou como conselheiro senior de ciências no American Intitute for Cancer Research (1993-1997), faz parte da comissão consultiva do Comitê de Médicos para Medicina Responsável e, desde 1978, ele tem participado de diversos painéis especializados em segurança alimentar da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, além de manter um cargo de professor honorário na Chinese Academy of Preventive Medicine[2]. Seu filho, Thomas Campbell, é médico.

O título de seu livro, The China Study, foi extraído do China-Cornell-Oxford Project, um projeto de pesquisa que durou mais de 20 anos (a partir de 1983), resultado da parceria entre a Chinese Academy of Preventive Medicine, Cornell University e University of Oxford. O Dr. Colin foi um dos diretores deste projeto, que foi considerado pelo New York Times, em 1990, como "o Grand Prix da epidemiologia". Este estudo examinou taxas de mortalidade devidas a dezenas de tipos de câncer e outras doenças crônicas em 65 distritos na China e correlacionou-as com pesquisa sobre dieta e testes sanguíneos de milhares de pessoas nestes distritos (100 pessoas de cada distrito). O estudo concluiu que as mais altas taxas de mortalidade pertenciam aos distritos em que a dieta era mais baseada em alimentos de origem animal (carnes, ovos, leite e derivados), enquanto que, nos distritos em que a alimentação era mais baseada em alimentos vegetais integrais, as taxas de mortalidade eram menores. As taxas de mortalidade maiores eram devidas a doenças ditas "ocidentais", porque correspondiam às doenças responsáveis por altas taxas de mortalidade nos países mais ricos do ocidente. O estudo foi realizado nestes distritos pelo fato de eles possuírem uma população geneticamente semelhante que tendia a manter o mesmo estilo de vida ao longo de gerações: viviam do mesmo modo, no mesmo lugar e com uma dieta específica.

A atenção do Dr. Campbell para uma dieta mais ao estilo vegetariano, foi despertada, pela primeira vez, enquanto ele trabalhava em um projeto de nutrição para crianças subnutridas nas Filipinas, no final da década de 1960. Ali ele descobriu que crianças bem jovens estavam morrendo de câncer de fígado, o que ele correlacionou com o alto consumo de manteiga de amendoim contaminada por aflatoxina. Ele verificou, no entanto, que as crianças mais bem alimentadas, as que consumiam uma dieta mais rica em proteínas de origem animal, eram as mais afetadas pelo câncer de fígado, ao contrário das crianças mais pobres, que também utilizavam a manteiga de amendoim, mas tinham uma dieta mais pobre em proteína animal. Nesta época, ele se deparou com um estudo realizado na Índia[3], que consistiu em um experimento sobre desenvolvimento de câncer de fígado e consumo de proteína animal em dois grupos de ratos de laboratório. Um dos grupos recebeu aflatoxina e foi alimentado com 20% de proteína. O outro grupo recebeu a mesma quantidade de aflatoxina e 5% de proteína. Todos os ratos alimentados com 20% de proteína desenvolveram câncer de fígado ou lesões precursoras de câncer. Todos os ratos que foram alimentados com 5% de proteína não desenvolveram câncer de fígado ou lesões precursoras.

Mais tarde, o Dr. Campbell recebeu fundos para investigar o efeito de vários fatores sobre o metabolismo da aflatoxina. No início da pesquisa, ele levantou a hipótese de que a proteína que consumimos altera o crescimento de tumores por mudar como a aflatoxina é detoxificada por enzimas presentes no fígado. Após vários experimentos ficou claro que o nível de ingestão de proteína modificava a atividade enzimática: diminuir a ingestão de proteína (caseína do leite) diminuía muito a atividade enzimática, o que significa que menos aflatoxina estava sendo transformada no perigoso metabólico que tem o potencial de se ligar ao DNA e mutá-lo (potencial de causar câncer). Ele realizou, também,  estudos sobre os efeitos da aflatoxina no desenvolvimento de câncer de fígado em humanos nas Filipinas (e na China, posteriormente) e diversos estudos em animais. Nos estudos em animais, ele investigou  a iniciação, promoção e desenvolvimento de câncer em ratos alimentados com dieta rica em proteína animal comparada a dieta pobre. A proteína animal utilizada foi caseína (a proteína mais abundante no leite de vaca). Nestes estudos ele verificou que uma dieta com quantidade de 20% de proteína (caseína) promovia o desenvolvimento de células precursoras de câncer (células foci) pela aflatoxina em ratos de laboratório mesmo quando a quantidade de aflatoxina era menor do que no outro grupo. Por outro lado, a dieta mais pobre em caseína, mesmo com maior quantidade de aflatoxina, não promovia o desenvolvimento de células precursoras de câncer. Quando os animais eram expostos a uma determinada quantidade de aflatoxina e recebiam 20% de caseína as células precursoras de câncer se desenvolviam, mas quando a dieta era trocada para uma proporção de 5% de caseína o desenvolvimento era acentuadamente diminuído. Se a dieta era revertida novamente a 20% de caseína as células voltavam a se desenvolver. Em outro experimento, quando a dieta de 20% de caseína era trocada por uma com 5% de caseína o desenvolvimento de células precursoras de câncer diminuía dramaticamente. Quando a dieta era novamente aumentada para 20% de caseína, as células voltavam a se desenvolver. Vários experimentos deste tipo demonstraram que o crescimento destas células podia ser revertido para mais e para menos dependendo da quantidade de caseína consumida e isto em todos os estágios de desenvolvimento das células. Outros resultados demonstraram que até 10% de ingestão de caseína não desenvolvia as células precursoras de câncer, mas a medida em que a proporção da ingestão aumentava além dos 10%, o desenvolvimento das células aumentava proporcionalmente ao crescimento no consumo de caseína. A descoberta mais significativa destes experimentos foi a de que o desenvolvimento das células precursoras de câncer só ocorria quando o consumo de caseína alcançava ou excedia a quantidade de proteína  requerida para o desenvolvimento do corpo (12%). Esta descoberta é notável pelo fato de que a quantidade de proteína necessária para manutenção da saúde em ratos e humanos é semelhante. O tipo de proteína consumida também influenciava o desenvolvimento das células precursoras de câncer. Proteínas de origem vegetal, como glúten e proteína de soja, não promoviam o desenvolvimento destas células mesmo na proporção de 20%. A relação entre desenvolvimento de tumores em ratos alimentados com 20% de caseína e com 5% foi idêntica a dos experimentos com desenvolvimento de células foci (precursoras de câncer). Quando as dietas eram trocadas de um consumo de 20% de caseína para 5% e vice-versa os resultados para o desenvolvimento de tumores foi o mesmo que para o desenvolvimento de células foci. No final dos experimentos, todos os ratos que foram alimentados até o fim com 20% de caseína estavam mortos ou quase mortos, enquanto os que foram alimentados com 5% de caseína estavam vivos. Pesquisas realizadas com outros animais (como camundongos, por exemplo), outros tipos de câncer (que não o de fígado) e outros carcinógenos (além de aflatoxina) encontraram resultados semelhantes aos das pesquisas com ratos, câncer de fígado e aflatoxina.

O livro também descreve os resultados de pesquisas sobre a influência do consumo de proteínas de origem animal sobre diversos tipos de doenças versus os efeitos de uma dieta baseada em vegetais integrais [4].
Com relação ao aumento do colesterol sanguíneo, pesquisas indicam uma correlação entre aumento de colesterol sanguíneo e o consumo de gordura saturada, proteína animal e colesterol, enquanto que o consumo de vegetais, que não contêm colesterol, ajuda a diminuir a quantidade de colesterol produzida pelo organismo[5]. Os alimentos de origem vegetal contêm uma grande quantidade de antioxidantes que eliminam radicais livres implicados no desenvolvimento de várias doenças, os alimentos de origem animal, por outro lado, têm efeitos negativos sobre o sistema imunológico: a proteína animal aumenta a acidez do sangue e dos tecidos fazendo com que cálcio (básico) seja retirado dos ossos para neutralizar esta acidez. A maior concentração de cálcio no sangue inibe processos pelo qual a vitamina D é ativada a calcitriol nos rins. O calcitriol fica assim indisponível para regular o sistema imunológico. Esta relação entre proteína animal e sistema imunológico poderia explicar os resultados de pesquisas que demonstram um maior desenvolvimento de Diabetes do tipo I em bebês alimentados com leite de vaca ao invés de leite materno[6-8]. Outras doenças auto-imunes, como artrite rematóide e esclerose múltipla, poderiam compartilhar esta como uma de suas causas. Os autores deste livro argumentam que doenças como demência e Alzheimer estão ligadas a hipertensão, altos níveis de colesterol sanguíneo e radicais livres, os quais são evitados por uma dieta vegetariana e agravados por uma dieta de origem animal. Eles argumentam que o câncer de mama está ligado a uma exposição a maiores concentrações de hormônios femininos ao longo da vida e a alta concentração de colesterol sanguíneo, os quais estão ligados, por sua vez, a uma dieta rica em proteína animal, especialmente em caseína do leite. A exposição média, ao longo da vida, ao hormônio estrogênio, de mulheres chinesas é de 35% a 40% em comparação com a de mulheres ocidentais. E a taxa de câncer de mama daquelas é cerca de um quinto da taxa entre estas. Uma menor taxa de câncer colorretal estaria associada com uma alimentação vegetariana rica em fibras. Outras doenças mencionadas no livro que poderiam ser evitadas ou atenuadas por uma dieta vegetariana e causadas ou agravadas por uma dieta baseada em proteína animal são degeneração macular, doença cardíaca e obesidade, cálculo renal e osteoporose. Cálculo renal e osteoporose são afetados pela questão de a alimentação de origem animal aumentar a acidez do sangue e retirar cálcio dos ossos para neutralizá-la. Maior quantidade de cálcio e oxalato no sangue  resultam em pedras nos rins, além disso, radicais livres também podem iniciar a formação de pedras nos  rins. No estudo realizado na China rural, onde o consumo de proteína animal em relação ao de proteína vegetal era de cerca de 10%, a taxa de fratura de ossos foi de um quinto da dos Estados Unidos. Infelizmente, descrever todas as pesquisas e conclusões mencionadas no livro deixaria este post muito extenso.

The China Study causou impacto inclusive na vida do ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton[9], que aderiu a um regime vegetariano para perder peso e tentar reverter problemas cardíacos. Muitos acreditam que em uma dieta vegetariana podem faltar elementos essenciais à manutenção da saúde como ferro, zinco, cálcio, vitamina B12 ou aminoácidos essenciais. No capítulo 11, os autores do livro declaram que "não existe virtualmente nenhum nutriente em alimentos de base animal que não sejam melhor fornecidos por vegetais". Para demonstrar isto, eles utilizaram uma tabela de dados de nutrientes cuja fonte de informação é, entre outras, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos[10]. Esta tabela compara os nutrientes de uma certa quantidade de partes iguais de vegetais (tomates, espinafres, feijões lima, ervilhas e batatas) com uma igual quantidade de partes iguais de alimentos de base animal (bife, porco, galinha e leite integral). Nesta tabela os alimentos de base animal só excederam os vegetais em quantidades de gordura e colesterol. A quantidade total de proteína nos alimentos vegetais foi de 33 g para 34 g nos de base animal. A quantidade total de ferro nos vegetais foi de 20 mg para 2 mg nos de base animal. A quantidade total de cálcio nos vegetais foi 545 mg para 252 mg nos de base animal. Os vegetais também excederam bastante os alimentos de base animal em relação às vitaminas antioxidantes. Com relação a vitamina B12, os autores citam uma pesquisa [11] que demonstra que vegetais que crescem em solos saudáveis, que têm boa concentração desta vitamina por causa dos microorganismos do solo, absorvem prontamente este nutriente. Por outro lado, vegetais que crescem em solos sem vida (solos não orgânicos) podem ser deficientes em vitamina B12 (e neste caso, suplementos podem ser necessários). Existem muitos vegetais ricos em zinco, a lista é bem grande. Com relação aos aminoácidos essenciais, embora não se possa obter todos em um único alimento vegetal, uma combinação variada de vegetais pode suprir todos eles. Atualmente fala-se muito nos ácidos graxos do tipo ômega-3, mas seus benefícios podem ser meio controversos. Os autores citam pesquisas[12-13] que apontam benefícios, como reduzir o risco de morte súbita cardíaca, mas, em contrapartida, não reduzem o risco total de infarto nem a mortalidade por problemas cardiovasculares e, de quebra, aumentam o risco de câncer de mama.

Os autores enfatizam que o que as pesquisas têm demonstrado é que uma boa saúde não é resultado do consumo desta ou daquela substância extraída do alimento integral (vitaminas) ou de consumir um alimento sem algum elemento (como leite desnatado). Uma boa saúde é resultado do consumo de alimentos vegetais integrais variados e de pouco ou nenhum consumo de proteína animal. E isto porque existe um sinergismo entre as diferentes substâncias presentes nos vegetais que fazem com que elas sejam melhor aproveitadas pelo organismo do que se fossem consumidas separadamente. Por outro lado, a proteína animal numa proporção acima de 10% pode promover cânceres e outras doenças.

Com certeza, ter uma boa alimentação não é tudo que se pode fazer para se ter uma boa saúde, nem é tudo o que é necessário. Não adianta comer corretamente e não ter atividade física, por exemplo, ou nutrir sentimentos negativos, porque saúde é um bem-estar constituído por vários fatores. Mas o que é animador acerca das informações contidas neste livro é que, mesmo que alguém tenha predisposição genética para doenças como câncer, diabetes e Alzheimer, entre outras, é possível não desenvolver essas doenças; existe uma alta probalidade de não desenvolvê-las mantendo hábitos de vida saudáveis e uma alimentação correta. É possível mesmo impedir o progresso da doença e, inclusive, retrocedê-la.

Por que então podemos lembrar de pessoas com, aparentemente, hábitos de vida e alimentação saudáveis que ficaram doentes e morreram e de outras que fumaram e beberam até os noventa anos e não adoeceram? Porque se conseguíssemos contar todas as pessoas que têm bons hábitos de saúde e não adquiriram doenças graves, essas seriam a maioria, mas não todas. Podemos minimizar nossas chances de adoecer, mas não podemos zerá-las. Desistir de cuidar da saúde por causa disto é praticamente tão absurdo quanto alguém decidir entrar em um jogo de roleta russa com uma arma carregada porque, de qualquer forma, sempre existe a chance de que ao passar pela rua uma bala perdida possa atingi-lo. Essa pode parecer uma atitude totalmente maluca e, no entanto, pessoas sensatas em muitos aspectos, podem utilizar argumentos do tipo: "Vamos todos morrer mesmo, então por que me privar do que me satisfaz?" ou "Vivemos em um ambiente em que tudo está contaminado, então nada do que fizermos vai fazer muita diferença". Com relação à primeira afirmação, o maior problema não é morrer, porque a morte é um sofrimento rápido que acaba logo. O problema é perder a saúde e passar anos vivendo uma vida horrível de sofrimento e imensas limitações. O problema da segunda afirmação é que ela não é verdadeira. É verdade que vivemos em um mundo em que está tudo contaminado? Obviamente sim. Mas é verdade que nada do que fizermos vai fazer diferença? Não, alguns dos dados das pesquisas mencionadas no The China Study demonstraram que não. Por exemplo, ratos expostos a doses altas de substâncias cancerígenas, alimentados com baixas proporções de proteína animal não desenvoveram câncer. Assim como pessoas, que viviam na China e outros lugares, cuja alimentação era predominantemente vegetariana adquiriam menos doenças como câncer, diabetes, problemas cardíacos, obesidade, osteoporose, etc.

É claro que é difícil fazer mudanças em nossos hábitos, mas as mudanças podem ocorrer mais cedo do que pensávamos por não termos mais saúde para desfrutar das coisas de que gostávamos. Por outro lado, podemos ter que deixar coisas que nos parecem boas por outras que descobriremos serem muito melhor.

Isto me faz lembrar de um filme que assisti há alguns anos: um homem rico, bem-sucedido e solteiro, pensava que ele tinha tudo o que queria da vida. Morava em um apartamento de cobertura em um bairro nobre. Tinha sucesso, poder e as mulheres que desejava. Ele achava que era feliz, não queria outra vida. Mas, numa noite de Natal, ele resolve ajudar um homem pobre e este homem, um anjo, lhe diz que sua vida vai mudar. No dia seguinte, em vez de acordar em seu apartamento de luxo, ele acorda em uma casa no subúrbio com uma esposa e 2 filhos. Ele odeia aquela vida e quer voltar para sua vida antiga, mas não pode. Aos poucos, ele começa a admirar a esposa, que é uma advogada talentosa, mas ganha pouco para realizar um trabalho humanitário que lhe traz muita satisfação. Começa a conhecer e amar as crianças e a esposa. Começa a conhecer os amigos verdadeiros e leais que tem naquela vida. Então o tempo acaba e o anjo lhe diz que aquela era apenas uma amostra do que a vida dele poderia ser e ele vai voltar à antiga vida no dia seguinte. Mas a antiga vida então lhe parece vazia e solitária. Ele mudou, descobriu emoções e prazeres que não sabia que existiam. O filme é ficção, mas a lição é real. Mudar nossos hábitos de alimentação pode nos fazer descobrir um mundo novo de sabores, clarear nossas percepções e nos ajudar a ter maior controle sobre nossa vida.

Referências

1. Campbell T.C., and Campbell T.M. "The China Study. The Most Comprehensive Study
of Nutrition Ever Conducted and the Startling Implications for Diet, Weight Loss
and Long-term Health." 2006. BENBELLA BOOKS. Dallas, Texas.

2. http://en.wikipedia.org/wiki/T._Colin_Campbell

3. Madhavan TV, and Gopalan C. "The effect of dietary protein on carcinogenesis of aflatoxin."
Arch. Path. 85 (1968): 133-137.

4. http://en.wikipedia.org/wiki/The_China_Study_(book)

5. Kato H, Tillotson J, Nichaman MZ, et al. "Epidemiologic studies of coronary heart disease
and stroke in Japanese men living in Japan, Hawaii and California: serum lipids and diet."
Am.]. Epidemiol. 97 (1973): 372-385.

6. KaIjalainen j, Martin jM, Knip M, et al. "A bovine albumin peptide as a possible trigger of
insulin-dependent Diabetes Mellitus." New Engl.Journ. Med. 327 (1992): 302-307.

7. Akerblom HK, and Knip M. "Putative environmental factors and Type 1 diabetes." Diabetes
Metabolism Revs. 14 (1998): 31-67.

8. Naik RG, and Palmer jP. "Preservation of beta-cell function in Type 1 diabetes." Diabetes Rev.
7 (1999): 154-182.

9. http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/northamerica/usa/8038801/Bill-Clintons-new-diet-nothing-but-beans-vegetables-and-fruit-to-combat-heart-disease.html

10. U.s. Department of Agriculture. "USDA Nutrient Database for Standard Reference." Washington,
DC: U.s. Deparunent of Agriculture, Agriculture Research Service, 2002. Accessed at
http://www.naI.USDA.gov/fnidfoodcomp

11. Mozafar A. "Enrichment of some B-vitamins in plants with application of organic fertilizers."
Plant and Soil 167 (1994): 305-311.

12. Albert CM, Hennekens CH, O'Donnell C), et aL "Fish consumption and risk of sudden cardiac
death," lAMA 279 (1998): 23-28.

13. Holmes MD, Hunter Dj, Colditz GA, et al. "Association of dietary intake of fat and fatty acids
with risk of breast cancer." JAMA 281 (1999): 914-920.